Firebug << Ska nacional de primeira
Fãs do gênero Ska aqui no Brasil sabem como difícil encontrar bandas nacionais realmente boas. Não que não haja já, após décadas de "invasão" da música jamaica, um bom acervo de artistas dedicados ao estilo, aproveitando sua vasta contribuição nas melodias e ritmos.
Acontece que esta "invasão" se deu justamente com a onda não, o maremoto do Reggae nos meados dos anos '70, que vindo da favela da ilha, tomaram o mundo. Jimmy Cliff, Desmond Dekker ainda remanescentes dos rudeboys, Bob Marley e os Rastas, a música jamaicana estorou no mundo já em sua evolução mais bem acabada que aquela música de salão, improvisada muitas vezes, com produção e acabamento raros, os primeiros experimentos de música que já não eram mais caipira/rural/folclórico pra turista ver. Vindo dos Jazz e Rhythim Blues, o Ska surgiram nos salões de dança como novidade autêntica e o resto é história.
Concluindo esta introdução, o estilo evoluiria pra o rocksteady e o reagge, e ainda o dancehall e o ragga, etc.. nessa fumaceira densa atual, onde já se mescla com o gangsta ou Miami-funk. E é justamente destes estilos mais recentes que vemos os derivados nacionais.. poucas bandas vão além do classudo Reggae ou do ska two-tone dos anos 80, e qual não é a surpresa ao encontrarmos uma banda brasileira que retoma todos elementos originais e ainda de uma maneira particular.
Formado em 2003, o Firebug é basicamente o trio Rodrigo Cerqueira, Felipe Machado e o paulista nova-iorquino Victor Rice, com um largo histórico de contribuições no gênero (já trabalhou com New York Ska-Jazz Essemble, Desmond Dekker, e ninguém menos que Laurel Aitken e Skatalites). A partir dos primeiros ensaios reforçam o time o guitarra Olivier Dherte, o baixista Bruno "Magrão" e nos teclados Léo Cunha, pra gravarem seu primeiro disco Firebug pela Radiola Records, um disco com canções tanto em inglês quanto em português. Como falei, o disco tem a qualidade de "ir às fontes" da Era de Ouro da música jamaicana, sendo inclusive elogiado por figuras como Mano Chao, que aqui abaixo podemos assistir participando nos palcos.
O segundo disco conta com participações do B-Negão e um naipe de figurões importados (pra constar: Guitarra de Agent Jay, dos Slackers, Sax Tenor David Hillyard, ex-Hepcat e veterano de gravações com o Rancid, também dos Slackers. E trombone Buford O’Sullivan, líder dos Scofflaws)
Pedrada!
Na imagem (link alternativo)
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Laaaaate na américa
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